Nasce uma Estrela

"Nasce uma Estrela" é um remake de seu homônimo produzido em 1937, sob a direção de William A. Wellman. Ambas as versões são ótimas. A primeira recebeu 8 indicações ao Oscar, duas das quais relativas à melhor história e ao melhor roteiro, enquanto esta apenas 6. Se considerarmos que história e roteiro são basicamente os mesmos nas duas versões, concluiremos que, em número de indicações, elas se equivalem. As principais diferenças estão na melhor direção de Wellman e na presença de Judy Garland com seus memoráveis números musicais.

Cukor consegue imprimir um ritmo perfeito ao longo de basicamente três horas de projeção. As músicas e suas interpretações, a cargo de Garland, por outro lado, já tornam "Nasce uma Estrela" um filme imperdível. A canção "The Man that Got Away", de Ira Gershwin & Harold Arlen, foi indicada ao Oscar. Por outro lado, reconhecida internacionalmente como uma das melhores cantoras americanas, Judy Garland tem oportunidade de mostrar suas qualidades como atriz dramática e cômica, fato comprovado por sua indicação ao Oscar de Melhor Atriz, perdendo a estatueta para Grace Kelly, por sua atuação em "Amar é Sofrer". No páreo haviam ainda Audrey Hepburn (Sabrina), Jane Wyman (Sublime Obsessão) e Dorothy Dandridge (Carmen Jones). Também indicado ao Oscar, James Mason demonstra uma perfeita química ao lado de Judy.

A fotografia de Sam Leavitt é um outro quesito que, por sua ótima qualidade, merece também ser aqui destacada.

Esse filme de 1954 foi uma sensação quando foi exibido nas telas dos cinemas. Hoje, no ano de 2009, cinquenta e cinco anos após o lançamento do filme, o mundo inteiro se voltou para a posse do 44º Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama. Nasce uma nova estrela.

Todas as espectativas estão voltadas para a performance desse homem. O enrêdo é bem emocionante: guerra contra o Iraque, crise financeira, crise imobiliária, recessão, dívida pública, enfim, uma gama de desafios que ele encontrará pela frente, e como todo bom herói americano, espera-se um final feliz e uma vitória incontestável do mocinho. Como o próprio Obama declarou em seu discuro de posse "os desafios do país são reais, sérios e muitos, mas serão vencidos. Nós não vamos vencê-los rápida ou facilmente, mas vamos vencê-los”. O novo Presidente também defendeu uma nova postura dos Estados Unidos frente aos outros países. "O mundo mudou e precisamos mudar com ele", disse.

O fim da era Bush e o início de uma nova era, com esperanças de dias melhores para o povo americano e, por extensão, para a população do mundo. É um fato histórico, não só por ser o primeiro presidente negro do país, mas pela confiança que o povo deposita nele. Obama assume o governo com o apoio de 80% dos americanos.

Espera-se por uma nova política econômica, que possa tirar os Estados Unidos da recessão e garantir emprego para a população, hoje amedrontada pelo fantasma do desemprego. O mundo anseia por uma nova política externa a ser praticada pelo governo americano, sinalizando, assim, uma nova relação entre a grande potência e o resto do mundo.

Agora é esperar e torcer para que Obama realize um governo equilibrado, responsável, transparente, como todos nós esperamos e ele prometera. Torcemos para que assim surja uma nova realidade econômica e social que possa trazer paz e tranquilidade para o mundo.

Que Deus ajude Barack Obama, como ele mesmo pediu em seu juramento, a governar a maior potência mundial.